Presidente da CPI da Braskem, senador Omar Aziz defende regulamentação para evitar desastres semelhantes no futuro

Aclamado para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o senador Omar Aziz (PSD-AM), enfatizou, nesta sexta-feira (15) a necessidade de regulamentação na exploração de minérios e a importância da CPI gerar resultados que evitem outros desastres ambientais semelhantes no Brasil, como o afundamento de parte da cidade de Maceió-AL. Omar ressaltou que é crucial estabelecer leis específicas para a exploração sustentável e que beneficie a população, especialmente considerando a abundância de recursos minerais no país. 

O senador expressou preocupação com as consequências do desastre em Maceió, mencionando o colapso na mina de sal-gema e seu impacto negativo na população e nos empregos gerados na região. O senador do Amazonas afirmou que a CPI busca contribuir para alcançar uma solução para essas questões, protegendo os interesses dos moradores e trabalhadores afetados. 

“Não se trata de defender ou atacar a empresa, mas sim de defender bem a cidade de Maceió, os trabalhadores e a questão ambiental. Essas minas têm perfuração de 1 quilômetro de profundidade para tirar a sal-gema, utilizadas na produção de químicos, PVC, cosméticos, gerando em torno de 4 mil empregos diretos e indiretos. Há formas sustentáveis para se explorar, em que a população ganha e o governo não perde divisas, pois hoje o ouro extraído aqui não fica no Brasil. Não estamos pedindo esmola, a gente quer produzir sustentavelmente e a CPI da Braskem vai trazer resultados como outras CPIs que participei”, salientou. 

Omar reforçou ser necessária a regulamentação na exploração de minérios, de leis específicas para cada setor. “No Amazonas, temos bacias enormes de petróleo e gás natural. Temos muitos minérios no Amazonas que nós não exploramos e uma das maiores minas de potássio do mundo, sendo que o Brasil hoje precisa importar fertilizantes. Essa mina, que está a 80 quilômetros de Manaus, até hoje não conseguiu a licença de operação e os investimentos chegam a 5 bilhões de dólares. O que se errou na extração de sal-gema em Maceió não pode acontecer em outras riquezas de subsolo, por isso a importância da CPI. O Brasil tem muita riqueza mineral que pode ser explorada sustentavelmente sem prejudicar o meio ambiente, inclusive em parceria com os povos indígenas”, completou. 

O senador Omar informou ainda que na próxima terça-feira (19) deve escolher o nome responsável pela relatoria da CPI da Braskem, que possui previsão para iniciar os seus trabalhos em fevereiro de 2024.

Foto: Ariel Costa