OMS alerta para surto mais mortal que covid-19 que já se propagou na China

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um alerta nesta semana para a possibilidade de umnovo surto ainda mais mortal que a covid-19. “Permanece a ameaça do surgimento de outra variante da covid-19 que cause novos surtos de doenças e mortes. E a ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal permanece”, disse ele durante a 76ª Assembleia Mundial de Saúde (AMS), que começou no dia 21 e vai até 30 de maio.

Mesmo com as melhoras significativas em relação ao controle do coronavírus, Adhanom destacou que o vírus não é a única forma de colocar a humanidade em risco. “As pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para preparação e resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos”.

Os debates da AMS se concentrarão no fortalecimento da preparação e resposta a emergências de saúde, bem como na saúde de mulheres, crianças e adolescentes; cobertura universal de saúde e atenção primária à saúde; medicina tradicional; prevenção e controle de infecções; saúde dos migrantes; doenças não transmissíveis; e saúde mental.

China se prepara para nova onda de covid-19

Embora o diretor-geral da OMS alerte para um surto mais mortal que o da covid-19, a doença ainda preocupa autoridades de outros países.A China , por exemplo, está enfrentando uma nova onda de infecções causada pela covid-19 que pode chegar a 65 milhões de casos por semana. O aumento ocorre quase seis meses depois que o país acabou coma política de tolerância zero à doença, que incluía quarentenas severas e testes em massas.

A variante da ômicron, XBB, alimentou o ressurgimento da doença no país. Enquanto isso, o governo chinês tem resposta moderada diante do surto, já que desde o fim de sua política anti-covid, Pequim tenta reativar sua economia e voltar os negócios com os EUA e países estrangeiros.

Custos com a pandemia de covid-19

Os dois primeiros anos da pandemia de covid-19 custaram quase 337 milhões de anos de vida, provocando a morte prematura de milhões de pessoas, segundo a OMS.Só em 2020 e 2021, a covid causou a perda de 336,8 milhões de anos de vida em todo o mundo. “É como perder 22 anos de vida para cada morte a mais”, disse Samira Asma, chefe adjunta de dados e análises da OMS.

O cálculo é baseado em dados disponíveis em 2022. Desde então, o número de mortos por covid-19 continuou subindo, embora em um ritmo mais lento. A OMS decidiu, portanto, suspender recentemente o nível máximo de alerta sanitário, embora tenha alertado que a doença não desapareceu depois de mais de três anos de pandemia.

O balanço oficial de mortes atribuídas à doença é atualmente de 6,9 milhões de pessoas, mas inúmeros países não forneceram dados confiáveis à OMS, que estima que a pandemia causou quase o triplo de vítimas nesses três anos, ou seja, pelo menos 20 milhões de mortos.

Para isso, baseia-se no cálculo da sobremortalidade, que é a diferença entre o número real de mortes e o número estimado de óbitos em tempos normais.

As 20 milhões de vítimas mencionadas pela OMS incluem as mortes diretas por coronavírus e também as mortes devido ao impacto da pandemia nos sistemas de saúde.

Fonte: Exame

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