Luiza Brunet relembra agressão pelo ex-marido Lírio Parisotto, um dos homens mais ricos do Brasil
A violência brutal contra a analista de sistemas Juliana Garcia — espancada com 61 socos por um ex-jogador de basquete — reacendeu um debate urgente no Brasil: a violência contra a mulher. O caso, que chocou o país, foi tema de reportagem do programa Domingo Espetacular, da Record TV, apresentado por Carolina Ferraz, neste domingo, 3. Entre as entrevistadas estava a modelo e empresária Luiza Brunet, que compartilhou sua história de agressão cometida por um dos homens mais ricos do Brasil: o empresário Lírio Parisotto.
Brunet relembrou o episódio de 2016, quando foi vítima de violência física durante uma viagem do casal aos Estados Unidos. “Denunciar não foi fácil. Mas era necessário”, afirmou. À época, ela registrou boletim de ocorrência e iniciou um processo judicial contra Parisotto, que resultou em sua condenação por agressão em primeira instância em 2017.
Condenação confirmada pelo STF
Em novembro de 2020, o Supremo Tribunal Federal rejeitou o último recurso do empresário, tornando definitiva a condenação. A decisão transitada em julgado confirmou que a Justiça reconheceu a violência sofrida por Luiza, mesmo que, segundo a modelo, “nada apague o trauma”.
Apesar disso, a batalha judicial ainda não terminou. Atualmente, Brunet move uma ação de indenização no valor de R$ 1 milhão por danos morais e patrimoniais. A ação encontra-se em fase de avaliação técnica dos prejuízos financeiros sofridos por ela em decorrência da violência, com o trabalho de peritos judiciais para estimar o impacto na sua vida profissional e emocional.
“Não é só uma causa minha. É por todas nós”
Durante a reportagem, Luiza destacou a importância da denúncia, mesmo diante da exposição e da pressão enfrentada por vítimas, especialmente quando o agressor é uma figura poderosa. “A condenação dele foi uma vitória de todas as mulheres que sofrem caladas. Quando uma mulher denuncia, abre caminho para outras. E é por isso que eu sigo”, declarou.
Ao lado de Luiza Brunet, outras mulheres também deram depoimentos emocionantes no programa, como a escritora Cíntia Chagas, a delegada Raquel Gallinati e a ativista Manoela Miklos, que compartilharam experiências de violência e o desafio de romper o ciclo do silêncio e da impunidade.
A luta continua
Enquanto o caso de Juliana Garcia ganha visibilidade e causa indignação, histórias como a de Luiza Brunet mostram que a busca por justiça pode ser longa, mas é essencial para transformar a cultura de violência enraizada na sociedade brasileira.
O processo de indenização segue em andamento. Para Brunet, o reconhecimento judicial já foi um passo importante, mas a reparação total — inclusive financeira — ainda é necessária para que a agressão não fique apenas na memória, mas se traduza em consequência concreta para o agressor.
Tentamos o contato com o empresário Lírio Parisotto para se manifestar sobre o assunto, mas até o fechamento e publicação desta matéria ele não havia se manifestado. O espaço segue a disposição!
Fonte: R7.com/DomingoEspetacular, O Globo, UOL Universa, Revista L’Officiel