Capitão Alberto Neto soa o alarme: “Brasil corre risco de virar narcoestado”

Em um discurso contundente, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) alertou para o que considera um dos mais graves riscos à soberania nacional: a possível transformação do Brasil em um narcoestado, caso o Estado não enfrente com vigor o avanço das facções criminosas.

Para ele, estamos em “um limiar que ainda dá tempo” para reagir, mas alerta que, se não houver ação firme, o crime organizado poderá assumir o controle de cidades inteiras.

Projeto-piloto para endurecer penas: “domínio de cidades”

Alberto Neto é relator de um projeto de lei — já aprovado na Câmara dos Deputados — que tipifica como crime hediondo o chamado domínio de cidades, ou “novo cangaço”: quando facções criminosas tomam o controle territorial, atacam instituições públicas, usam reféns e impõem suas regras.

No relatório, ele propõe penas entre 18 e 30 anos para esse tipo de ação, uma mudança significativa no arcabouço penal brasileiro.

Facções como “grupos terroristas”

O parlamentar vai além: classifica os grandes grupos do crime organizado — como o Comando Vermelho (CV) e o PCC — como “grupos terroristas com extensão internacional”. Em sua visão, reconhecer essa natureza permitiria uma cooperação mais ampla com outros países no combate ao crime.

Ameaça na Amazônia

Alberto Neto alerta especificamente para a Amazônia, onde, segundo ele, as facções já se sofisticaram: “armas de guerra, fuzis, lanchas blindadas” são usadas para impor domínio territorial. No Amazonas, ele afirma, o CV e o PCC já estariam presentes com força, cobrando “pedágio” de moradores e comerciantes.

Sistema penal e críticas ao Estado

O deputado também criticou o sistema prisional brasileiro e a política de segurança pública governamental. Em suas palavras, “temos poucos criminosos na cadeia” porque muitos não ficam presos por muito tempo. Para ele, parte da elite política está mais preocupada com “propaganda no Instagram” do que com segurança real.

Além disso, defende que as facções criminosas sejam enquadradas como organizações terroristas, para permitir medidas mais duras — inclusive em cooperação internacional.

Debates no Congresso e implicações

O projeto de lei que ele relatou segue agora para o Senado. Se aprovado, pode representar uma guinada importante no combate ao crime organizado no Brasil, especialmente no que diz respeito ao controle territorial das facções.

Paralelamente, o deputado tem demandado outras ações do Estado: por exemplo, a Câmara cancelou recentemente uma audiência pública proposta por ele para discutir a infiltração dessas organizações no sistema financeiro e no setor de combustíveis.

Confrontos políticos e críticas estruturais

A preocupação de Alberto Neto se encaixa em seu posicionamento mais amplo: ele frequentemente critica o que chama de omissão do poder público em relação a instituições e estruturas de poder. Ele também tem apontado risco autoritário na atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e acusa parte da esquerda de minimizar a gravidade do crime organizado.

Onda de repercussão

As declarações de Capitão Alberto Neto têm gerado debates intensos sobre segurança pública, papel do Estado na fronteira amazônica e necessidade de reformas penais. Para muitos, ele representa uma voz de alerta urgente; para outros, suas propostas levantam questões sobre garantias democráticas e a aplicação efetiva das leis.

 

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