TCE-AM encerra participação no XXI Sinaop com destaque em debates sobre infraestrutura e sustentabilidade
Durante cinco dias de debates, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) desempenhou papel de protagonismo no XXI Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (Sinaop), realizado em Manaus entre 18 e 22 de agosto. Além de sediar o evento, a Corte levou contribuições técnicas e institucionais que reforçaram sua relevância no cenário nacional do controle externo.
Ao avaliar a participação do Tribunal no Sinaop, a conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, ressaltou a importância da contribuição amazonense.
“Receber o Sinaop em nossa sede foi motivo de honra, mas participar ativamente dos debates, levando experiências e reflexões que nascem da realidade amazônica, é o que nos enche de orgulho. O TCE-AM reafirma seu compromisso de atuar com rigor técnico, mas também com sensibilidade para os grandes desafios ambientais e sociais do nosso tempo”, destacou.
No segundo dia do simpósio, o auditor de controle externo Marcondes Gil Nogueira apresentou a experiência do TCE-AM nas auditorias do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). Em sua fala, ele destacou os desafios de fiscalizar projetos de grande porte financiados por organismos internacionais, ressaltando as fragilidades encontradas e a importância de políticas públicas urbanas integradas e sustentáveis.
Ainda na mesma data, o auditor e pesquisador Dayvson Almeida expôs artigo técnico sobre avaliação do ciclo de vida em infraestruturas viárias, propondo metodologias capazes de mensurar impactos ambientais em projetos de pontes. O estudo evidenciou como o conhecimento científico pode ser aliado das auditorias de obras públicas.
No terceiro dia, o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), que integra a estrutura do Tribunal, trouxe ao debate a atuação conjunta com o TCE-AM no enfrentamento das mudanças climáticas. O procurador de contas Ruy Marcelo Alencar Mendonça enfatizou a necessidade de uma postura preventiva das instituições de controle diante do avanço dos eventos climáticos extremos, lembrando decisões e recomendações já proferidas pela Corte de Contas em políticas ambientais e de prevenção a desastres.
O encerramento da participação amazonense ocorreu na conferência final do evento, conduzida pelo professor Alexandre Rivas, diretor da Escola de Contas do TCE-AM. Em sua fala, Rivas resgatou a história da BR-319 e defendeu a infraestrutura como instrumento de integração nacional, chamando atenção para a necessidade de planejamento territorial e fortalecimento da governança pública na região amazônica.
Texto: Pedro Sousa
Foto: Filipe Jazz DICOM TCE-AM