Morre brasileira que caiu em trilha de vulcão da Indonésia
Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia. O corpo da jovem foi localizado por equipes de resgate nesta terça-feira (24), cinco dias após o acidente.
Juliana realizava uma trilha noturna na sexta-feira (20), quando caiu de uma ribanceira em um trecho íngreme conhecido como Cemara Tunggal, na ilha de Lombok. Ela fazia parte de um grupo guiado até o cume do vulcão, mas se separou dos demais durante a subida.
Resgate difícil e clima adverso
As buscas mobilizaram mais de 50 pessoas, entre militares, bombeiros e guias locais. No entanto, as equipes enfrentaram chuvas intensas, neblina espessa e terreno instável, o que dificultou o acesso à área onde Juliana havia sido avistada por drones — em um penhasco de mais de 500 metros de profundidade.
Ao longo do fim de semana, várias tentativas de aproximação foram frustradas. No domingo (22), os drones confirmaram que ela estava imóvel, sem dar sinais de vida. O resgate final ocorreu apenas nesta terça, quando o corpo pôde ser alcançado e sua morte foi oficialmente confirmada.
Jovem viajava sozinha pela Ásia
Juliana estava em uma viagem solo pela Ásia há cerca de quatro meses. Antes de chegar à Indonésia, ela havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia. Publicitária, trabalhou anteriormente em canais como Multishow, Canal Off e Globo, e compartilhava suas experiências em redes sociais, onde acumulava milhares de seguidores.
A notícia do desaparecimento comoveu o público e gerou grande mobilização nas redes. Páginas de apoio e arrecadação de recursos foram criadas para pressionar por agilidade no resgate.
Histórico de acidentes
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais procuradas da Ásia. Apesar da popularidade, o local já registrou diversos acidentes fatais nos últimos anos, envolvendo turistas de diferentes nacionalidades.
Nota da família
A família de Juliana publicou uma nota nas redes sociais confirmando a morte da jovem:
“Com imensa tristeza, informamos que a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana estava, mas ela não resistiu.”
O Itamaraty informou que acompanha o caso e presta assistência à família para os trâmites de traslado do corpo ao Brasil.
