Advogada Adriane Magalhães é indiciada por extorsão contra colega de profissão

A Polícia Civil do Amazonas indiciou a advogada Adriane Cristine Cabral Magalhães pelo crime de extorsão, tipificado no artigo 158 do Código Penal Brasileiro. O inquérito nº 0131537-70.2025.8.04.1000, concluído na última quinta-feira (15), aponta como vítimas o advogado Francisco Charles Cunha Garcia Júnior e sua esposa, Juliana Chaves Coimbra.

De acordo com a investigação, a advogada teria exigido R$ 500 mil para evitar o avanço de uma denúncia de crime sexual contra Garcia, em uma tentativa de acordo extrajudicial considerada irregular. As autoridades reuniram provas materiais, incluindo gravações, mensagens e atas notariais que sustentam a acusação.

Segundo os autos, a abordagem ocorreu no dia 4 de abril, três dias antes de qualquer registro formal na polícia. A proposta teria sido feita diretamente à esposa de Charles Garcia, com o objetivo de evitar a exposição pública do caso. A advogada ainda teria insistido na cobrança por meio de terceiros e tentado influenciar testemunhas para reforçar a versão apresentada.

O caso ganhou novos contornos quando a suposta vítima, identificada como Marcela, declarou não ter autorizado a atuação da advogada e desconhecer as tratativas com a família do advogado acusado. A ausência de procuração e a falta de provas levaram a Polícia Civil a concluir que não houve crime sexual, mas sim uma tentativa de extorsão.

A delegada Grace Louisa Souza Jardim, titular do 16º Distrito Integrado de Polícia (DIP), afirmou que há elementos suficientes para responsabilizar Adriane Magalhães pela prática criminosa.

Em nota, Charles Garcia destacou sua confiança nas instituições. “Jamais cedi e nem cederei a intimidações. Reafirmo total confiança na Polícia Civil, no Ministério Público e no Judiciário do Amazonas”, declarou.

A advogada Adriane Magalhães enviou uma nota informando que jamais solicitou qualquer tipo de vantagem em relação ao caso do denunciado Charles Garcia, formalmente acusado de estupro. Ela afirma que a acusação partiu de alguém ligado ao próprio investigado, com o objetivo de distorcer os fatos, desviar o foco do crime e constranger a vítima. A nota também denuncia tentativas de intimidação de testemunhas, manipulação de provas e uso indevido da estrutura do Estado para criar uma falsa aparência de legalidade. Adriane reforça seu compromisso com a ética, a legalidade e a defesa dos direitos das vítimas, e anuncia que tomará medidas legais contra os responsáveis por calúnias e difamações.

O Ministério Público deve analisar o inquérito para possível oferecimento de denúncia à Justiça.

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