UEA e CBA selecionam participantes para estudo clínico dos impactos da Kombuchá na saúde intestinal
O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em parceria com a Escola Superior de Ciencias da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA), está selecionando pessoas interessadas em participar de um estudo clínico, o qual tem o objetivo de analisar os impactos da Kombuchá (bebida fermentada) na saúde intestinal. A iniciativa faz parte do projeto intitulado ‘Estudo clínico do Kombuchá: caracterização da bebida fermentada e sua eficácia sobre a microbiota intestinal humana’, desenvolvido pelos pesquisadores Dra. Isolda Prado e Dr. Edson Pablo da Silva. O estudo também conta com o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação em Áreas Prioritárias.
De acordo com o pesquisador do CBA, Dr. Edson Pablo da Silva, o projeto visa avaliar a eficácia da suplementação regular de 150 ml de Kombuchá, durante um período de 30 dias seguidos, e sua relação com a diversidade bacteriana fecal e influência sobre a obstipação intestinal, também conhecida como constipação intestinal ou prisão de ventre (condição caracterizada por dificuldade persistente para evacuar as fezes).
Apesar da popularidade da Kombuchá, Silva esclarece que há muitas citações em torno dos benefícios da bebida, mas nada cientificamente comprovado. “Nosso trabalho é um dos poucos que fará essa comprovação dos benefícios da Kombucha na saúde humana e um dos primeiros dessa magnitude feito pelo CBA e pela UEA”, afirmou.
Para participar dos estudos que serão realizados entre março e abril, os candidatos devem preencher os seguintes requisitos:
• Residir em Manaus e ter idade entre 18 e 70 anos;
• Ambos os sexos, mulheres não grávidas;
• Possuir histórico prévio de obstipação intestinal (prisão de ventre), definida como:
a) Queixas de eliminação de fezes endurecidas;
b) Freqüência de defecação menor do que três vezes por semana,
e/ou
c) Sensação de esvaziamento incompleto do reto.
• Não estar usando medicamentos para o tratamento da obstipação intestinal (laxativos).
• Sem uso de probióticos, prebióticos ou simbióticos, no momento da triagem ou 30 dias antes.
• Sem uso de antibióticos, no momento da triagem ou 30 dias antes.
• Não apresentar quadro de doença inflamatória intestinal, não estar gravemente enfermo, ou insuficiências orgânicas (insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou doença pulmonar crônica).
Os candidatos interessados deverão entrar em contato com a pesquisadora Bruna Nayara por meio do WhatsApp: (92) 99393-7546.
As pessoas selecionadas devem assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), responder a um questionário padronizado sobre hábitos alimentares, uso de medicamentos, realizar exame físico e laboratorial.
Cada participante receberá 150 ml, envasados em frascos individuais da bebida fermentada, com orientação para ingestão pela manhã (antes do almoço), durante 30 dias.
O resultado final do estudo deverá ser concluído em um prazo máximo de 70 dias.