FIEAM e CIEAM recebem jornalistas para debater ZFM
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) receberam ontem (31) profissionais da mídia nacional para apresentar o Polo Industrial de Manaus (PIM) e explicar como a Zona Franca de Manaus (ZFM) contribui para a economia do país, do Amazonas e para a preservação da floresta na região. O encontro ocorreu no SESI Clube do Trabalhador, com a presença de empresários da indústria e representantes da Suframa.
O presidente da FIEAM, Antonio Silva, disse que os representantes da indústria estão acompanhando a tramitação da tão esperada reforma tributária, que visa acabar com a guerra fiscal entre os estados e simplificar esse emaranhado de leis tributárias que pesam na sociedade e no setor produtivo.
“Essa reforma deve proporcionar a melhoria do ambiente econômico para a atração de investimentos de longo prazo ao país, e deve conciliar o tratamento diferenciado aos desiguais, para evitar o aumento da distância entre as regiões ricas do país com aquelas que carecem de investimentos”, frisou Silva.
Silva completou que a melhoria do poder de compra e da qualidade de vida será refletida, como sabemos, em toda a demanda da economia, ampliando a produção e logicamente os investimentos. “Não podemos simplesmente ignorar essas diferenças abissais da economia brasileira, agravadas pelas próprias condições de algumas áreas com pouca infraestrutura pela própria geografia, como é o caso da Amazônia”, completou.
O presidente do Conselho Superior do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, enfatizou que a ZFM é um modelo de redução das desigualdades regionais muito bem sucedido e que ao longo dos seus 56 anos de existência o estado brasileiro conseguiu atrair cerca de 600 empresas para a região, gerando atualmente, 500 mil empregos, entre diretos e indiretos. “As oportunidades geradas pelo nosso PIM contribuem para a redução das atividades extrativistas na Amazônia e evitam o fluxo migratório e preparatório para outros estados”, disse Rocha.
Além de contribuir para a preservação de 97% da floresta, a ZFM, fomenta a educação por meio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que é completamente custeada pelas empresas da região, com zero recursos públicos. “A UEA está presente em todos os 62 municípios do Amazonas, assegurando a interiorização da educação na Amazônia”, disse.
ZFM, um projeto de país
De acordo com o assessor representante da FIEAM e CIEAM, Saleh Hamdeh, os resultados positivos da ZFM vem, primeiramente, com a preservação ambiental, sendo referência em desenvolvimento regional sustentável. Além de gerar 110 mil empregos diretos e 500 mil empregos induzidos, com faturamento gerado em 2022 de R$ 161,50 bilhões, segundo dados da Suframa.
Hamdeh apresentou as principais pautas da ZFM em 2023, entre elas a reforma tributária, renovação dos incentivos da Sudam, melhorar governança, infraestrutura, oportunidades nas novas cadeias produtivas globais, a exclusão por razões, a ZFM dos demonstrativos de gastos tributários (DGT) e externalidades positivas para o interior e a Amazônia Ocidental.
A comitiva
A comitiva de jornalistas veio a Manaus formada pelos jornalistas Gustavo Amâncio, da Bússola/Revista Exame; Matheus Schuch de Souza, da RBS TV; Rafaela Carvalho, Correio Braziliense; Felipe Erlich, revista Veja; e Flávio Said, Metrópoles. Os jornalistas permanecem em Manaus até amanhã, 2, em visita às indústrias.
Participaram também do encontro, o secretário da Fazenda do Estado do Amazonas, Alex Del Giglio, o superintendente adjunto executivo da Suframa, Luiz Frederico Aguiar, os representantes das empresas Coimpa, Moto Honda da Amazônia, Unicoba, Recofarma, Impram, entre outros, além de diretores da FIEAM e CIEAM. O encerramento do encontro contou com apresentação da banda Tribo da Toada, dos bois Garantido e Caprichoso.