Manauara paga por um dos combustíveis mais caro do País produzido pelo grupo Atem, que possui refinaria no Amazonas

Marcos Ribeiro, coordenador geral do Sindipetro-AM (Sindicato dos Petroleiros), foi convidado do último dia, 20, do programa Fiscaliza Geral da rede Onda Digital. Ele falou sobre a situação do preço da gasolina em Manaus, que hoje é o mais alto do país, e como isso decorre da recente aquisição da Refinaria de Manaus pelo grupo Atem, no final de 2022.

“O Sindipetro Amazonas já vem de muito tempo alertando sobre os impactos da privatização da única refinaria do nosso estado e da nossa região. Tomamos como exemplo o que estava acontecendo na Bahia: ela foi vendida e o povo baiano começou a pagar a gasolina mais cara do país. Agora essa é a nossa realidade. Nosso sindicato conversou com diversos parlamentares, fizemos entrevistas e ações.Infelizmente, alguns parlamentares não deram a devida importância, e o povo da região Norte sofre esse ataque, porque tenho certeza que também estão havendo aumentos em outros estados”, pontuou.

Marcos também falou especificamente sobre a Reman e o grupo Atem, e como a política de preços é determinada.

“Quando você acessa o site da Petrobras, você sabe exatamente o quanto está pagando de imposto, qual a parte da Petrobras. Se for acessar o site do grupo Atem, não há uma transparência em relação a isso. Bem, todas as distribuidoras, sem exceção, entraram contra a venda da Refinaria de Manaus, não foi só o sindicato. Foram Equador, Fogás, Amazongás… Isso é público. Hoje estamos tendo um monopólio dos preços dos combustíveis no Amazonas. E o Grupo Atem comprou a refinaria praticamente com dinheiro público. No governo Bolsonaro houve uma movimentação para se vender várias refinarias, e os sindicatos conseguiram diminuir esse impacto. E o comportamento do Cade? Como o órgão que controla se vai ter concorrência ou não, dá o aval para a venda da refinaria? O Atem vai concorrer com quem? Era diferente de quando era a Petrobras, que aplicava o mesmo preço aqui e em São Paulo. E se não fiscalizarmos, a tendência é piorar. Não tem como haver um aumento de 30% na botija de gás, item importantíssimo na vida da população”, disse.

Fonte: Rede Onda Digital

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