Polícia Federal prende ex-ministro que “agia a pedido de Bolsonaro”

Milton Ribeiro, o ex-ministro da Educação que foi gravado admitindo ter criado um esquema de corrupção a pedido de Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta quarta-feira (22) pela Polícia Federal.

Além de Ribeiro, a Justiça Federal em Brasília autorizou a prisão de outras quatro pessoas, incluindo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que, mesmo não sendo funcionários do MEC, tinham o poder de indicar quais prefeituras receberiam recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Os mandados de prisão e de busca e apreensão têm relação com o caso, que veio à tona em 18 de março passado, quando o jornal O Estado de S. Paulo denunciou a existência do gabinete paralelo no MEC, comandado por Santos e Moura.

Três dias depois, em 21 de março, a Folha de S. Paulo divulgou áudio no qual Milton Ribeiro afirmava que priorizava as indicações feitas pelo pastor Gilmar porque esse era “um pedido especial que o presidente da República fez”.

Depois da divulgação do áudio, Bolsonaro chegou a dizer: “O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele”. No dia 28, porém, após vários prefeitos denunciarem cobranças de propina para que os recursos do FNDE fossem liberados (até pedido de barra de ouro foi narrado), Milton Ribeiro acabou entregando a carta de demissão.

A mentira mais contada por Bolsonaro

Levantamento do site de checagem Aos Fatos mostra que a mentira mais repetida por Bolsonaro é a de que ele faz “um governo que está há três anos e meio sem corrupção”.

O próprio Bolsonaro, além das rachadinhas, do envolvimento com milícias e filhos com mansões mais que suspeitas, já foi indiciado seis vezes. 

E Milton Ribeiro não foi o primeiro ministro flagrado sendo corrupto. Ricardo Salles (Meio Ambiente) saiu investigado por contrabando de madeira ilegal; e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) deixou a pasta acusado de participar ativamente de um esquema de corrupção em Minas Gerais.

Fonte: Partido dos Trabalhadores

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