Bolsonaro prepara mais um golpe contra a ZFM e Senador Omar Aziz deixa claro que materá pulso firme em defesa dos Amazonenses

O Ministério da Economia e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) estão fazendo consultas públicas, até o próximo dia 26, para mudar os critérios de aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no polo de bens de informática da Zona Franca de Manaus (ZFM). 

Por meio de regulamentações, o governo de Jair Bolsonaro (PL) pretende determinar que os projetos nessa área sejam “disruptivos”, isto é, que resulte em um produto “inédito na fronteira do conhecimento”, representando um risco para as empresas locais, pois para inovar precisam antes passar por um estágio evolutivo. Aliás, quase a totalidade das empresas locais estão nessa fase.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), usou suas redes sociais para mandar um recado direto ao Presidente Bolsonaro e todos que tramam contra a Zona Franca de Manaus (ZFM).

“A batalha pela Zona Franca de Manaus continua. O Governo Bolsonaro tenta, através da Advocacia Geral da União, reverter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que favorece o Amazonas e a manutenção dos nossos empregos. Não deixamos essa ação sem resposta e já apresentamos defesa contra essa investida. Estamos seguros que a acertada decisão do ministro irá se manter, pois é o correto tanto para o Amazonas, quanto para todo o Brasil. Não iremos retroceder nenhum passo sequer. Seguimos na luta!”, destacou Omar Aziz.

O modelo de elegibilidade dos projetos está sendo considerado uma ruptura nos estágios de desenvolvimento das empresas, podendo resultar na saída delas do Amazonas por ficarem sem condições de cumprir os novos critérios. 

Estão em jogo 8 mil empregos diretos. O setor faturou no ano passado [até setembro] R$ 31,88 bilhões com a produção de aparelhos celulares, tablets, microcomputadores e peças.  

“Desta forma essas empresas, que hoje representam 32% do faturamento do polo industrial de Manaus, deixarão de produzir e investir na ZFM, pois podem facilmente migrar para outras regiões do país e para outros países, impactando em empregos na indústria, nos institutos públicos e privados (leiam-se universidades)”, diz nota do Conselho do Polo Digital de Manaus, assinada pela presidente do órgão, Vânia Thaumaturgo.

Além desse risco, segundo ela, há a ameaça de que seja impossibilitado o avanço tecnológico que vem ocorrendo na região, principalmente no desenvolvimento do ecossistema de tecnologia da informação e comunicação, bem como no desenvolvimento da biotecnologia e bioeconomia amazônica. 

“Os conceitos que pretendem-se implantar estão muito além dos aplicados no restante do Brasil e em países mais desenvolvidos, gerando uma limitação às empresas de bens de informática, que investem em P&D”, disse.

Fonte: BNC

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