Contratos nas casas de bilhões de Cyro Batará na mira do MPF, MP e TCE

Um contrato firmado entre a empresa Amazon Watt – atual nome da propriedade empresarial (antigo “Bar das Meninas”) – hoje comandada por Cyro Batará, deve entrar na mira do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) e ministérios públicos do Estado e Federal (MPAM e MPF). Inicialmente, a empresa pertencia a Leandro Barreto e Lúcia Cordeiro – nomes bem próximos ao proprietário do Grupo Diário. O documento tem validade até 2048 e valor de R$ 1,35 bilhão.

De acordo com investigações do Portal O Poder, a empresa em questão se tratava de um restaurante bem simples, denominado Bar das Meninas, localizado na periferia de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus).

Até março de 2018, a Amazon Watt era denominada restaurante Bar das Meninas, que foi comprado por Leandro e Lúcia.

Conforme apurações do O Poder, em busca realizada na Receita Federal, o estabelecimento tinha capital de R$ 120 mil, mas, curiosamente, esse valor já chega à casa dos R$ 3 milhões. A ascensão de um restaurante com nome Bar das Meninas é meteórica, uma vez que não há relatos de crescimento tão exponencial quanto dessa empresa.

O acordo em questão é referente à instalação e manutenção de miniusinas fotovoltaicas para geração de energia. Os equipamentos serão instalados em órgãos públicos, especificamente, em escolas da rede municipal.

É bem provável que os órgãos de controle como TCE-AM, MPAM e MPF possam investigar o contrato bilionário. O documento com valor tão exorbitante “respinga” até na Câmara Municipal de Manaus (CMM), presidida pelo vereador David Reis. A Casa Legislativa também possui um contrato de altas cifras com Cyro.

CMM pode entrar na mira também

O contrato de Cyro com a CMM tem valor de R$ 10 milhões e diz respeito ao fornecimento de serviços da Rádio Câmara. O acordo foi firmado com a Amazonas Produtora Cinematográfica Ltda, a TV Diário.

Os contratos firmados de Batará com órgãos públicos mostram que o empresário está “amarrado” a diferentes negociações feitas não apenas no ramo em que atua, mas, também, no cenário político.

Os órgãos de controle deverão analisar a competência no processo de investigação. Vale lembrar que se o acordo em questão envolver recursos federais, caberá ao Ministério Público Federal iniciar um processo investigatório com auxílio, até mesmo, da Polícia Federal.

Fonte: Portal O Poder

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