CPI da Covid pode investigar redes sociais, diz senador Omar Aziz
O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou na terça-feira (22) que as plataformas de redes sociais, cujos representantes forem convocados a prestar esclarecimentos na condição de testemunhas à comissão, podem passar a ser investigados pelo colegiado.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimentos de convocação dos representantes do Google, Facebook e Twitter no Brasil. Os pedidos, entretanto, ainda não foram votados.
Aziz disse que eles estão sendo convocados como testemunhas de crimes que estão sendo cometidos na internet. “Prescrever medicamentos via Youtube, Instagram, Twitter, isso é um crime”, disse Aziz. “É bom eles virem aqui e explicar direitinho que plataforma é essa que permite que, para uma doença tão difícil e tão dolorida para o Brasil, eles ainda permitam que as suas plataformas fiquem propagando medicamento que não tem nenhum tipo de resultado científico.”
Procurado pela agência Reuters, o Twitter disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará as declarações do presidente da CPI. A empresa afirmou que tem adotado iniciativas para “proteger a conversa em torno da pandemia”, como atualização de regras sobre conteúdos potencialmente enganosos que possam expor as pessoas a riscos e inclusão de um link com informações confiáveis sobre covid-19 na busca da plataforma.
O Facebook, por sua vez, informou que não comentará as declarações do presidente da CPI da Covid. O Google não respondeu aos pedidos de entrevista.
Fonte: Nexo Jornal