3 jovens e 1 menor de idade são presos injustamente, confundidos com incendiários em Manaus
Na manha do último domingo, 06, quatro jovens se juntaram para lavar e fazer a manutenção de suas motos, como fazem todos os fins de semana. Eles foram ate o posto de combustível e compraram R$ 4 Reais em diesel, nisso, o frentista informou a eles que a ordem era para não vender combustível em galões por conta da onda de crimes que estava acontecendo na cidade. Porém, como o frentista já os conhecia por comprar rotineiramente diesel nos finais de semana, resolveu vender, crendo que não haveria nenhum problemas com isso.
Neste momento um dos policias que estava próximo, filma, e da voz de prisao e junto com eles o galão de diesel é apreendido. Os quatro, foram apresentados no 6º DIP, porém, os jovens não puderam se defender, pois os policiais mandaram calar a boca e obedecer.
Entre os jovens presos a um menor de idade no qual ainda esta preso e sendo espancado e coagido a confessar o envolvimento com o comando vermelho. Os outros foram mandados para o complexo penitenciário onde foram furados a caneta nas costas e algemados entrelaçados entre si.
Indignados com a situação seus patrões, colegas de trabalhos, familiares, amigos e vizinhos fazem uma manifestação na noite dessa sexta-feira ,11, cobrando a liberação deles perante as provas apresentadas, que comprovam a inocência de todos, cobrando também justiça.
Uma das mulheres que participou da manifestação, Rosângela Falcão, disse que conhece os jovens desde criança e que não são baderneiros, nem tão pouco incendiários. Para ela, os verdadeiros bandidos estão soltos, enquanto que os jovens por terem pele escura e serem pobres, foram presos.
Para os familiares de Estêvão, de 18 anos, e seu irmão adolescente de 16 anos, foram vítimas de discriminação, devido a cor da pele, pois foram abordados de forma injusta pelos policiais, e uniformizados com a roupa que trabalham
Os familiares querem que a justiça seja feita e que os danos sejam reparados. O maior foi liberado após ser registrado como criminosos e ficou sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, enquanto que o menor permanece custodiado pelo Estado, sem previsão de liberação.
Com ajuda de uma assessoria jurídica, os familiares prometem procurar a Justiça e levar o caso à Procuradoria e Corregedoria da Polícia Militar, e se preciso, responsabilizar o Governo do Estado pela “injustiça que os jovens sofreram”, disseram os familiares dos jovens.
Fonte: Amazonas Em Notícias